sexta-feira, 25 de julho de 2008

Baú do Esporte - Mendonça

Alvinegros

Hoje eu vou interromper a série Bons temos e prestar uma homenagem ao maior meia que eu vi jogar no Botafogo. Um jogador de jogadas magistrais, dribles desconcertantes, finalizações perfeitas e com uma virtude sem igual: Botafogo de Coração.

Mendonça

Nome: Milton da Cunha Mendonça

Naturalidade: Rio de Janeiro

Nascimento: 3 de maio de 1956

Posição: Meia Jogou no Botafogo de 1975 a 1982.

Pelo alvinegro carioca, ele marcou 118 gols em 342 partidas. Porém atuou pelo clube no famoso jejum de títulos que durou 21 anos (de 1968 a 1989).

O início da trajetória do então craque promissor se deu no dente-de-leite do Bangu, no início dos anos 70, incentivado pelo pai, também Mendonça, ex-jogador do clube. Ainda antes de começar a atuar profissionalmente, Mendonça teve uma passagem pela tradicional escolinha de futebol do Fluminense.

Foi, então, para o Botafogo. No clube de General Severiano, Mendonça acompanhou, mais como fã que como colega de trabalho, uma geração vitoriosa comandada por craques como Gérson e Jairzinho, ícones da campanha do tricampeonato mundial do Brasil em 1970. Em 1975, ganhou sua primeira chance de entrar em campo vestindo a camisa titular do Alvinegro, que já sentia os efeitos da natural decadência pós-anos dourados. Não perdeu mais a posição, pelos sete anos seguintes.

Até 1982, Mendonça comandava uma equipe órfã de uma geração vencedora e de outros grandes craques, e diretamente prejudicada por más administrações e pela fúria de uma torcida acostumada a títulos. Mendonça, única esperança de um Botafogo fraco, encantava com sua técnica ao mesmo tempo em que tinha de lidar com a responsabilidade de levar a equipe a conquistas.

Não pôde fazer milagre e, apesar de atuações inesquecíveis, fracassou na tentativa de erguer algum caneco com o Fogão. O momento em que Mendonça mais esteve perto de seu principal objetivo - e quase "carma", por conta da enorme pressão vinda das arquibancadas - foi em 26 de abril de 1981, no triangular final que decidiu o Campeonato Brasileiro.

Fica aqui a minha homenagem a este eterno idolo. Abaixo matéria do Bau do Esporte, imperdível.

Bons tempos: Botafogo 3x1 Flamengo (1981)

Alvinegros

Quando chegamos ao Maracanã, eu e meu irmão, nos colocamos atras do gol. Logo depois de chegarmos eu falei: O jogo hoje vai ser demais, o jogo promete.

O jogo foi marcado pela obra prima (gol) assinada pelo Mendonça. Foi o gol mais marcante da carreira de Mendonça foi contra o Flamengo, em 1981. O meia, com um lindo drible, mais tarde apelidado de "Baila Comigo", deixou perdido e caído no chão o craque Júnior e bateu com precisão sem chances para Raul Plasmann. "Aquele gol todo mundo comenta comigo até hoje", diz.

A placa com este gol foi retirada do Maracanã a pedido do jogador Júnior, amigo do diretor do Maracanã. Mas o vídeo ninguém apaga.



Abaixo a ficha do jogo.

BOTAFOGO 3 x 1 FLAMENGO (RJ)
Data – 19 / 04 / 1981
Local – Maracanã (público - 135.487)
Árbitro – José Roberto Wright
Competição – Campeonato Brasileiro
Botafogo – Paulo Sérgio, Perivaldo, Gaúcho, Zé Eduardo e Gaúcho Lima; Rocha,
Ademir Lobo e Mendonça; Ziza (Édson), Marcelo (Mirandinha) e Jérson.
Técnico: Paulinho de Almeida.
Flamengo – Raul, Carlos Alberto, Luís Pereira, Marinho e Júnior; Vítor,
Andrade (Carpegiani) e Zico; Tita, Peu (Anselmo) e Adílio. Técnico: Dino
Sani.
Gols – Zico p/o Flamengo; Mendonça (2) e Jérson p/o Botafogo.

Bons tempos: Botafogo 4x2 Fluminense (1984)

Alvinegros

Dando seqüência a série "Bons Tempos" aqui está outra jóia rara que presenciei. O Fluminense, tido como a maquina de Washington e Assis, que estava embalada e vem o nosso amado Botafogo e aplica um 4 X 2 inesquecível.

Um jogo cheio de viradas e com um desfecho magistral com um gol do artilheiro de Deus Baltazar embaixo das pernas do Paulo Vitor.



Abaixo a ficha do jogo.

BOTAFOGO 4 x 2 FLUMINENSE (RJ)
Data – 18 / 11 / 1984
Local – Maracanã (público - 49.886)
Árbitro – Wilson Carlos dos Santos
Competição – Campeonato Carioca
Botafogo – Luiz Carlos, Josimar (Miranda), Marinho, Brasília e Wagner
Pepeta; Ademir Fonseca, Alemão e Berg; Helinho, Baltazar e Luizinho das
Arábias (Ataíde). Técnico: Orlando Fantoni.
Fluminense – Paulo Vítor, Leomir, Duílio, Vica e Branco; Jandir (Pintinho),
Renê e Assis; Romerito, Washington e Tato (Paulinho). Técnico: C. A. Torres.
Gols – Helinho (2) e Baltazar (2) p/o Botafogo; Washington (2) p/o
Fluminense.

Bons tempos: Botafogo 4x1 Vasco (1982)

Bons tempos, é verdade estão voltando. Com a chegada do Ney Franco o time parece que engrenou novamente. Então eu fiquei meio saudosista e comecei essa série de jogos inesqueciveis. Esse jogo em especial pelo gol do Geraldo, que foi uma pintura de Picasso, duas gauchas e uma bola por cobertura. Golaço
E depois pela comemoração do Alemão, onde ele declara seu amor ao Botafogo correndo em direção a torcida fecha o punho, o beija e joga para a torcida. Tudo isso na minha frente, foi simplesmente demais.
Eu e meu querido mano brown Henrique estávamos lá vendo essa pintura de perto.



Abaixo a ficha do jogo.

Ficha do jogo:

Data: 07/11/1982
Estádio: Maracanã
Público: 77.337
Árbitro: Valquir Pimentel
Competição: Campeonato Estadual

Botafogo: Paulo Sérgio; Perivaldo, Abel, Eraldo e Josimar; Oswaldo, Alemão e Mendonça; Geraldo, Té (Chicão) e Mirandinha (Gaúcho). Técnico: Zé Mário.
Vasco: Mazaropi; Rosemiro, Nei, Celso e Pedrinho; Serginho, Ernâni (João Carlos) e Geovani; Pedrinho Gaúcho, Jérson (Marquinho) e Palhinha. Técnico: Antônio Lopes.

Gols: Té (2), Geraldo e Alemão (Botafogo); Marquinho (Vasco).

Obs.: